Em Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano, o barbeiro Boaventura da Silva Filho (1929-1992), nos anos 1960, esculpia na madeira formas monumentais em que sobressaía sua interpretação do universo místico — representações de orixás, santos católicos e seres sobrenaturais. “Coisa de louco”, para a vizinhança, tornou-se sua assinatura, criando em torno de si uma escola e transformando Cachoeira em um dos mais representativos centros de escultura em madeira.

Seu filho, Celestino Gama da Silva, o Louco Filho, é hoje uma das principais referências artísticas da região do Recôncavo, com suas esculturas de santos e orixás, os entalhes e o esmerado mobiliário ornamentado.