Desde pelo menos fins do século 17 há registro, por parte de viajantes e missionários que percorreram o Baixo e o Médio Amazonas, sobre o uso de cuias. Elas são até hoje o utensílio mais usado na casa ribeirinha, seja para armazenar água do rio, para cozinhar, seja como elemento decorativo. Alguns reivindicam o pioneirismo na confecção das cuias para o município paraense de Monte Alegre, cujos nativos são ainda chamados “pinta-cuias”. No entanto, a ampla divulgação do segredo da produção das cuias expandiu essa manufatura para outras localidades, como Santarém e Tapajós. Os desenhos feitos nas cuias vêm tanto de um repertório tradicional – que era produzido pelas mães e avós das atuais artesãs – quanto de um recente reencontro com a cerâmica santarena de estilo tapajônico, que inspirou uma linha de peças em motivos étnicos, fortemente presentes na produção atual.
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