
A produção de cuias no município de Santarém, situado na confluência do rio Tapajós com o rio Amazonas, ocorre principalmente nas comunidades das várzeas do rio Amazonas, mais especificamente na região do Aritapera. Seguindo técnicas de matrizes indígenas, as cuias são confeccionadas a partir dos frutos da cuieira, os quais são cortados ao meio, lixados, tratados, tingidos com pigmentos naturais e ornamentados com desenhos e incisões. Do repertório de desenhos surgiu o elemento visual que compõe a marca coletiva Aíra, concedida pelo INPI em 2014 como instrumento de agregação de valor à produção artesanal e de proteção à propriedade intelectual. Aíra, em tupi, significa “fazer incisão”, o que remete ao modo como os grafismos são inscritos na superfície das cuias. Em 2015, o modo de fazer cuias no Baixo Amazonas foi inscrito pelo Iphan no Livro dos Saberes como Patrimônio Cultural do Brasil.
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