Mineira de Santo Antônio de Matipó, em Abre Campo, Efigênia Ramos Rolim nasceu em 1931 e cresceu em uma família de lavradores. Mudou-se, em 1971, para Itamarana (PR), e logo seguiu para Curitiba em busca de tratamento para o marido doente. Quando viúva, seu empenho pela sobrevivência da família a levou a diferentes ocupações, mas foi na feira do Largo da Ordem que recebeu o título de “rainha do papel”, por suas criações com papéis de bala que recolhia nas ruas. Efigênia passou a ser um símbolo da cidade, uma figura procurada por intelectuais e artistas, pelas redes de ensino e por representantes do movimento ecológico. Seu trabalho escultórico é todo elaborado com refugos do cotidiano — embalagens diversas, papéis, caixas de ovos, brinquedos em desuso. Suas histórias vivificam essas criações e projetam sua figura incomum, sempre aberta a uma boa prosa.
José Hélio Silveira Leite nasceu na Lapa (PR), em 1951, e passou a infância em Curitiba. De família de classe média, trabalhou em instituição bancária. Artista autodidata, apreciava acompanhar exposições em galerias e destacou-se na tradicional feira do Largo da Ordem, com suas esculturas em miniatura, tendo como base caixas de fósforos — pequenos cenários em que figuram personagens feitos de materiais diversos, descartados. Entre seus temas, é recorrente a crítica social. Hélio Leite também costuma utilizar histórias provocadoras para interagir com sua plateia, seja na rua, na feira ou nas escolas.
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