Na região do Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, a seca e a escassez de empregos convivem com um forte capital cultural que transformou a região em um dos maiores centros produtores de arte popular. As ceramistas do Alto Jequitinhonha utilizam um conhecimento acumulado por sucessivas gerações. Em Campo Alegre, destacam-se as peças antropomorfas e zoomorfas, como as gêmeas siamesas, o sapo-boi e os vasos com rostos. Em Coqueiro Campo e Campo Buriti, a produção se concentra em bonecas dos mais diversos tipos, modeladas a partir da técnica do pavio, com a sobreposição de rolinhos de barro e coloração obtida a partir de pigmentos naturais.